- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
Popular Posts
-
Estou em casa, um beco sem saída que conheço tão perfeitamente, um beco escuro que muitos passam apressados, coberto de paredes pálidas...
-
Esses dias uma planta secou e observei quanta beleza também há no seco, como há uma doçura melancólica nas cores secas, tudo é necessário...
-
Quem não sabe observar o céu com exploração minuciosa tampouco saberia encontrar passagens secretas nos olhos. Quando olho para o céu é c...
-
A sombra de minha imagem que vai para um lado e outro procurando uma forma de viver, conversando, barganhando eu quantas vezes dou po...
-
Uma professora de neurociência, um dia disse na aula, sobre a luta do nosso cérebro contra a gravidade pra poder se levantar e acordar tod...
-
Edgar Allan Poe escreveu num de seus poemas que tudo que ele amou, amou sozinho. Eu aprendi muito isso, o quanto amar é solitário. E d...
-
Os dias passam e já não esperneio tanto com a vida a substância desses dias me colocam num lugar de anestesiamento depois de tanto ...
-
Há um pássaro azul em meu peito que quer sair mas sou duro demais com ele, eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja. Há um páss...
-
Existem colecionadores de todos os tipos e sou uma admiradora de todos eles, gosto mais dos que colecionam raridades, algo incomum...
-
Em um lugar esquecido vivia um pequeno pássaro que todos os dias ao anoitecer cantava uma canção de apenas um verso, apenas uma melodia...
Blogger news
Tecnologia do Blogger.
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
No chiado da água e o vapor
procuro um abraço
Eu fujo para a água
quando me sinto solitária
quase queimo minha pele
quase sinto que eu e essa água
somos um só
nuvens de vapor
paredes que choram
Eu fujo para a água
quando quero conforto
quase quero me derreter
no grito do toque que falta
no grito do coração que quer ser tocado
quase água
quase eu
transparente me aqueço
transparente deixo escorrer minha pele
não arde
já queimei mais por dentro
os poros gritam uma saudade
faz um frio quente na superfície óssea
não sei explicar
borbulha tristeza osteoporosa
o som das águas
o único lugar que conhece minhas entranhas
meu corpo frágil de amor
silêncio a vapor
quero que a água alcance esse espaço
de fora
eu preciso de proteção
pequenas eternidades de som
sinto morar debaixo d'água
meu corpo nu veste essa sensação
que não sei nomear
tempo mudo
a pureza me habita
como a água que cai
e empoça meus pés.
Assinar:
Postagens (Atom)