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Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2020




Quando eu morrer
não me deixe no chão que tanto caí 
eu amei a terra, juro
conheci as plantas e seus aromas
vi as sementes levantarem de seu adormecimento
eu amei a terra mas não quero ser enterrada
Quando eu morrer 
deixei-me ir 
deixe-me enfim conhecer o que é voar
esfarelada 
soprada e sem corpo 
de vez pequena como sempre fui
Quando eu morrer
deixe-me ir partícula no ar
um rastro de alguém invisível
poder então fazer companhia ao vento

deixe-me um voo
de despedida. 




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