- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
Popular Posts
-
Uma professora de neurociência, um dia disse na aula, sobre a luta do nosso cérebro contra a gravidade pra poder se levantar e acordar tod...
-
Quem não sabe observar o céu com exploração minuciosa tampouco saberia encontrar passagens secretas nos olhos. Quando olho para o céu é c...
-
Os dias passam e já não esperneio tanto com a vida a substância desses dias me colocam num lugar de anestesiamento depois de tanto ...
-
Esses dias uma planta secou e observei quanta beleza também há no seco, como há uma doçura melancólica nas cores secas, tudo é necessário...
-
Existem colecionadores de todos os tipos e sou uma admiradora de todos eles, gosto mais dos que colecionam raridades, algo incomum...
-
A sombra de minha imagem que vai para um lado e outro procurando uma forma de viver, conversando, barganhando eu quantas vezes dou po...
-
Edgar Allan Poe escreveu num de seus poemas que tudo que ele amou, amou sozinho. Eu aprendi muito isso, o quanto amar é solitário. E d...
-
Estou em casa, um beco sem saída que conheço tão perfeitamente, um beco escuro que muitos passam apressados, coberto de paredes pálidas...
-
Há um pássaro azul em meu peito que quer sair mas sou duro demais com ele, eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja. Há um páss...
-
Em um lugar esquecido vivia um pequeno pássaro que todos os dias ao anoitecer cantava uma canção de apenas um verso, apenas uma melodia...
Blogger news
Essa casa parece que chora,
como uma mancha adoecida dos alicerces
As infiltrações na parede nunca sararam,
não importa quantas vezes tudo isso é pintado e renovado em cores,
a poça infiltrada do avesso sempre volta
se espalhando e mofando o que se tentou cobrir
como uma metáfora de quem mora dentro
uma mancha que é feito paredes que falam o que tanto guardam
tão silenciosamente sobre o abandono
Dias desses a água furou o cimento,
a parede lá do alto teto pingava e escorria em continuidade
como se a água atravessasse paredes tão facilmente,
foi simbólico e forte,
a parede chorava num filamento inteiro até o chão,
E eu que sempre fui de associar coisas a sentimentos ocultos
vi ali como essa casa sabia do que eu sei no meu coração
dessa solidão tão cheia de paredes altas
E eu quis atravessar essas paredes que não cabem mais meus sentimentos,
empoçada dentro de mim mesma sem poder ser lá fora,
fazendo enchentes em minha superfície assombrada
Eu também estou cheia de manchas envelhecidas
Impregnada dessa casa vazia e sem vida
E eu quero me pintar por dentro
Essa casa tão cheia de labirintos cada vez mais apertados nunca foi minha
As paredes se estreitam a cada dia em minha direção
Esmagando imponentemente meu coração
Eu procuro meu lar entre paredes e chãos
entre seus acúmulos e coisas inacabadas
Nos reflexos da desordem tento saber onde está minha saída
e melancolicamente me sinto sem espaço algum
Essa casa parece que chora
e nas suas paredes as minhas lágrimas também compõe a infiltração.
0 comentários:
Postar um comentário