
- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
Dentro de uma capa de asas esquecidas
eu olho um corpo encolhido
essas asas são quase um manto
protegendo algo frágil
lá embaixo está uma ferida coberta
onde as asas se fecham
eu guardiã de mim mesma
inventei essas asas
para sentir o abraço
meu corpo precisa mais de vestir as asas do que usá-las
asas para dentro
meus braços são livres
mas é como se nunca os tivesse aberto
eu não posso voar estou ferida
as asas não se mexem
mas me sinto cobrida por fora
camada do que já não vejo como asas
eu criei as asas mas não lembro como faze-las funcionar
elas já não podem se abrir sozinhas
alguém tenta puxar suas extremidades anestesiadas
mas ela ainda está endurecida pra baixo contra o corpo
não consigo abrir meus braços
de dentro a minha ferida quente me faz querer abafa-la
pra não me queimar
e eu me esqueço das minhas asas
alguém me mostrou meu reflexo de fora
as asas amortecidas estavam lá impotentes penduradas
de um lado e do outro
tornei-me cair
as asas para dentro podem pesar
foi o que aprendi
o meu interior se inclina se enverga
tentando me mostrar o aperto
eu preciso me expandir
a ferida é isso
algo pinica por dentro
qual a sensação quando os voos da mente
encontram o voo do corpo?
sinto o medo da minha própria envergadura
a ferida está me expulsando pra fora
eu empurro as asas
e já as faço bater vez ou outra sem sair do lugar
antes de voar tenho que aprender a usa-las
abrir e fechar
estou fraca mas já entendo a corrente de ar
dentro e fora
aspirar e expirar
mesmo assim não consigo levantar o voo
qual é o impulso que preciso?
eu quero conhecer a liberdade das asas
eu não aguento mais o reflexo do corpo
eu quero sair
eu quero ir
estou com as asas abertas
olhando as imagens
de um voo distante
mas ainda não fui.
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