
- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
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domingo, 17 de janeiro de 2021
Em um lugar bem distante no coração existia um reino chamado desanimo, lá os dias eram todos ensolarados, a luz era tão branca que mesmo quente por fora remetia a um frio de dentro, sol quente lá fora frio aqui dentro desse corpo, era tão azul esse céu que doía olhar pra cima, clarão das distâncias, dizem que nada superou ainda a velocidade da luz nesses dias abertos e inalcançáveis parece uma eternidade de luzes a me atravessar, e mesmo assim pode parecer tão longa a luz em todas suas velocidades ininterruptas, a alma sente e eu me sinto velha nessa passagem luminosa, qual foi a ultima vez que você sentiu o céu perto o céu tão baixo porque seu coração estava flutuante nas alturas imaginárias, uma frase que eu ouvi muito na minha infância foi a de trazer o céu pra perto e em um tempo eu entendia e sabia como era essa sensação, estar ligado no céu, era uma metáfora bonita eu me sentia parte desse céu andava debaixo dele mas como se fosse lado a lado.
Nem sempre estar ao sol receber sua luminosidade atinge regiões indecifráveis, a parte nutritiva do sol após um vento gelado é consoladora, um pequeno raio efêmero irradiando no meio do frio é acolhedor, outras vezes caminhar a luz aberta não parece ser tão alcançável assim, faz pensar numas partículas de luz própria interior que fazem falta mesmo no meio da abundância solar, algo das estrelas dentro de nós, algum chamado algo que caminha com os seus pés e faz a caminhada flutuar até uma chegada, um brilho apaixonado como uma recém descoberta luminosa, algo sobre o nascer da luz.
Nem sempre é sobre a luz no fim do túnel, as vezes é também muita luz para se enxergar mas nenhuma para se acender, e o coração se sente sem rumo a luz do dia, a sensação de estar na claridade mas não sentir nenhuma luz, ser dia e sentir vontade de algo se acender alguma luz sobre a luz, uma luz palpável ao coração íntima e aconchegante como uma vela, uma chama, apenas isso, quão poucas são as coisas de que a gente realmente precisa, e é por isso que essa luz tão pequenina tem nome de sentimento.
Há dias saudosos que a alma guarda o resquício do que foi sentido mesmo não sendo mais visível mesmo que nem foi palpável nem tivera nome ou destino, é aquele momento de conexão em que a luz de fora conversa com a luz de dentro que vou chamar de ondas luminosas se encontrando, se fosse possível observar pelo microscópio da alma talvez seria como uma troca esfumaçada em que fluidos atômicos nos circundam entrando e saindo numa sensação de paz indescritível e amorosa, a harmonia cósmica. O contato é quase um som imperceptível, a luz e nossos sentimentos, a luz e nós numa conversa silenciosa.
E eis que aqui se encontra um reino desanimado na abundância enérgica da luz, qual será a solução? Onde se pode chamar a luz no meio da luz? e se sentir sinceramente iluminada quando o coração nem mais oscila. Como acender a luz sem fio. Algo se apagou e mesmo sem fios condutores eu queria acreditar nessa luz que surge como uma pequena vendedora de fósforos, parece que foi a algum tempo que eu acendi o meu último fósforo, tão pequena e singela a chama nas minhas mãos trêmulas nos meus passos vagarosos quase sussurrantes pra que ela não se apagasse, eu protegi tanto essa chama, até absorver ela nas palmas das minhas mãos, queimei a minha pele antes dela se extinguir no desespero de ela ficar acesa por dentro, agora vivo com essa pequena chama esse pequeno resquício nas palmas das mãos marcada pela sua queimadura eu escrevo, para que ela possa se manter lá dentro das falanges pelo menos aquecida, me queimando pelo corpo inteiro eu a deixo, viajando em meu corpo como um fantasma luminoso que já não reconhece sua própria luz, quieta e propagando apenas o seu calor mortal sem saber mais o que é estar acesa.
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