
- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
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segunda-feira, 4 de maio de 2020
Como uma floresta intocada
lá dentro do selvagem
existe uma árvore que ninguém vê
crescida do interior da escuridão
uma árvore faz a floresta
à sua volta descansa a vida
que por longos anos viu chegar de chão em chão
nenhum humano entrou naqueles bosques escondidos
nem se perdeu naquele lugar
de lá vem um som profundo dos ecos
sons primários entoados pelo vento
a solidão de uma árvore desconhecida
no meio de tantas árvores sem nomes
lá onde os raios de luz apenas denunciam uma imensidão
onde a luz solar e o luar chegam aos poucos
sobre um céu enfeitado de galhos
molduras de uma solidão aberta
lá penetrada por um céu intocável
tão alta como o que não se pode apalpar depressa
num lugar tão vasto que se tem por fechado ao alcance
onde os pequenos passos é que se percebem
lá vive essa nossa árvore protegida em suas próprias sombras
em suas assombrações esverdeadas
a quilômetros dali há uma casa plantada feito árvore
enchendo de cores os prados das lonjuras
com toda a sua solidão rodeada de vozes diversas
atraídos por seus canteiros de vida
traz para perto de si os chamados selvagens
tudo ao seu redor é eco de vida
juntas pelo mesmo chão
árvore e casa
solidão e espera
e há um corpo
livre para caminhar entre esses dois mundos
com suas cascas e raízes invisíveis
correndo como o vento
um corpo calado
pode ir até a árvore a casa e além
plantado na imaginação
ajunta florestas e jardins memoriais
traz a fauna e a flora
semeia um corpo uma árvore uma casa
paisagens ao longe
quem descansou as vistas
nessa floresta intocada de seu corpo?
aqui suspira toda obscuridade dos ecos distantes
arquiteturas paradas no tempo
lá vive essa nossa árvore protegida em suas próprias sombras
em suas assombrações esverdeadas
a quilômetros dali há uma casa plantada feito árvore
enchendo de cores os prados das lonjuras
com toda a sua solidão rodeada de vozes diversas
atraídos por seus canteiros de vida
traz para perto de si os chamados selvagens
tudo ao seu redor é eco de vida
juntas pelo mesmo chão
árvore e casa
solidão e espera
e há um corpo
livre para caminhar entre esses dois mundos
com suas cascas e raízes invisíveis
correndo como o vento
um corpo calado
pode ir até a árvore a casa e além
plantado na imaginação
ajunta florestas e jardins memoriais
traz a fauna e a flora
semeia um corpo uma árvore uma casa
paisagens ao longe
quem descansou as vistas
nessa floresta intocada de seu corpo?
aqui suspira toda obscuridade dos ecos distantes
arquiteturas paradas no tempo
origens florestais
a árvore sem nome
sem endereço
o uivo de imensidões abertas
a árvore sem nome
sem endereço
o uivo de imensidões abertas
selvagem e solitário
quanto mais interno mais uiva
e continuarás ecoando
um corpo que pela floresta
conhece o eco sem fim
do seu próprio coração.
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