
- Miss Nobody
- Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.
Popular Posts
-
Dizem que somos poeira das estrelas, somos formados da mesma composição do universo. Somos universos particulares, cheios de constel...
-
Seja onde estiver, ouve essas músicas que te envio. Acho tão bonito que o homem em sua miudeza pôs entre as estrelas um toque do se...
-
E eu também desbotei soltei a cor quebrei galhos despetalei caí sequei eu parte dos fragmentos da natureza eu também decomponho desmorono e...
-
Eu queria escrever no caminho das tuas veias e artérias sinta a pulsação Eu queria escrever nas tuas válvulas s...
-
Em um lugar esquecido vivia um pequeno pássaro que todos os dias ao anoitecer cantava uma canção de apenas um verso, apenas uma melodia...
-
Me deram um coração plantinha silvestre Rasteira Quase invisível Alguns olhares despreparados olham e dizem: "isso aqui é só mato...
-
Eu ainda deixo você saber em pequenos rastros quem sabe eu ensaio o caminho da sua volta ponho flores na sua estrada laços de fitas e...
-
biologia da fantasia. Vivo em um jardim soterrado apesar de toda a beleza do jardim estou debaixo das suas terras uma única semente...
-
Todos esses que aí estão Atravancando meu caminho Eles passarão... Eu passarinho! Mário Quintana. Como a canção de um pequeno pássaro dia...
-
Era uma vez uma árvore... que amava um menino. E todos os dias o menino vinha, juntava as suas folhas e com elas fazia coroas, imaginand...
Blogger news
Então desejei voltar ser a transparência das águas nascentes
onde os pés descansam na clareza fresca
poder ser bebida pura
a beleza do invisível que me habita
e esses mesmos pés massageados
pela calma corrente que me passa
me atravessando das mesmas partículas de invisível que me componho
meus esconderijos como tudo que se põe ao sol
Ser visível tem um preço nesse mundo
Alguém um dia escreveu
"de que vale ganhar o mundo se perder a alma"
As vezes querer ser muito visível
me deixa vulnerável as minhas faltas solitárias
As faltas começam a assumir formas desconhecidas
Ser invisível não dói tanto quanto descobrir ser excluída quando visível
Apareço na mesma medida em que sinto vontade de sumir
Então eu quis ser desejada daqui de dentro dessa profundeza
O desejo distorce
Turva as minhas águas tão minhas
Então me recolho em paz nas sombras
Onde o não saber conforta
Não precisar mais aparecer em lugar algum
Completa entregue a minha escuridão iluminada
Eu tento te atrair de longe nos espelhos dessa água onde vivo
Seu mundo e o meu
Espero te ver no reflexo dessa superfície
quando as vezes se aproxima sem me ver
Esperar nos deixa frágeis e débeis
E eu sou naturalmente exposta de esperas
Profundezas ainda a deriva
Então desejei deslisar como essa água e areia
escoando
escorregadia
dispersa
onde eu possa me derramar
fina, leve e infinita
Cinzas desse corpo
sopradas ao longe
Enfim ela foi queimada até o pó
desse coração que me queima viva
como a bruxa e sua fogueira
sem nunca se ver desfazer por completo
Brasas vivas ardem daqui do fundo desse oceano
Mas eu contraditória como sempre fui
Meto água no meu próprio fogo
A água que me possui
Fria
Deixo-a entrar secando as feridas do fogo
Escorrer todas as faíscas num abraço aquático
quando o fogo que pareceu me afogar
essa água que me elevou a superfície
Dois elementos de um mesmo ser
Ariel em sua solidão aquática
Que por amor desejou ter pernas humanas
para ir além das águas e andar em terra firme
Pelo mesmo motivo de ser vista.
0 comentários:
Postar um comentário