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Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.

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quarta-feira, 14 de junho de 2023

 

Há um rio desaguando do meu peito sem parar 

Eu sempre transbordo profundidades incompreendidas 

Preciso deixar a enchente invadir tudo de mim

Sentir a violência da ruptura em cada gota

Mas ainda assim não me sinto molhada e lavada 

Enquanto as águas me levam eu estou queimando de dentro pra fora

Há tanta água saindo de mim mas não apaga o fogo

Enquanto derramo fico pensando como esse frio queima tanto 

Mistura de elementos e náusea 

O peito quer estourar as reservas acumuladas

Ao mesmo tempo que a água sai 

O buraco no meio do rio me leva pro fundo

Estou afogando e nunca aprendi a nadar

Eu desapareço morrendo nas águas do meu próprio coração 

De onde nunca mais vou retornar a superfície

Você vai me encontrar aqui? 

Adormecida debaixo das águas.



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